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E QUANDO A MULHER É MÃE DO MARIDO?

 

A forma com que nos relacionamos afetivamente e romanticamente com nossos parceiros está intimamente ligada a forma como fomos ensinados a nos relacionarmos. Em geral os primeiros referenciais podem ser encontrados na infância. Quando o filho observa os pais e aprende com eles sobre como é um relacionamento.

Cada um com seus papéis sociais. Ser homem e mulher está relacionado ao desempenho de papéis. Existe uma divisão do trabalho baseada no sexo. Algumas funções são reservadas aos homens, e outras as mulheres. Isso dentro de uma organização heteronormativa e patriarcal. E claro, existem mais configurações e pluralidades sexuais do que isso.

Na cultura heteronormativa e patriarcal o homem é o provedor e a mulher é destinada aos cuidados domésticos e educação dos filhos. Mas essa configuração não faz o menor sentido em um mundo em que as mulheres são também provedoras. Qual é a desculpa que os homens dão para não fazerem o serviço doméstico? ou para cuidar dos filhos?

Por este motivo existe a expressão “masculinidade frágil” que reflete a qualidade do homem que age como uma criança birrenta na sessão de doces por que o mundo não gira em torno do seu umbigo. Ele quer um mundo que não existe. E sua esposa sentindo-se na obrigação de manter um casamento de fachada aguenta as broncas com medo do que os outros pensariam se ela rompesse.

A magia e a paixão são dissolvidas após anos em que a mulher percebe-se sobrecarregada por trabalho atrás de trabalho. Tendo que levar a família nas costas e sem ajuda do marido, além da financeira, e em alguns casos é só isso. E quando o mesmo lava a louça acha que já está fazendo muito, porque não tem noção do que é cuidar de uma casa ou de ser responsável pela educação escolar do filho.

Saiu da casa da mãe para casar achando que sua esposa seria sua segunda mãe e lhe daria tudo de bandeja. E ela achando que encontraria um companheiro acaba por descobrir um dependente. Alguém que ela precisa cuidar como uma criança que não sabe se virar sozinha e que não sabe nem onde ficam os potes da casa.

E-mail: leandro22.contato@gmail.com

Leandro de Oliveira Santana CRP 08/36752

Psicólogo Clínico.


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