Devoto fervoroso de Nossa Senhora de Fátima, o Diácono Pedrinho deixou um legado de fé, amor e serviço à comunidade

No dia 13 de maio, de 2025 foi celebrado com fé e emoção o Dia de Nossa Senhora de Fátima, padroeira da cidade de Pérola e da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Esta data tão significativa também marcou o aniversário natalício do Diácono Pedro Lopes Vieira, carinhosamente conhecido como Pedrinho, que completaria 90 anos neste dia.

Devoto fervoroso de Nossa Senhora de Fátima, o Diácono Pedrinho deixou um legado de fé, amor e serviço à comunidade. A homenagem realizada em sua memória tocou profundamente os corações, e a família se sente profundamente honrada e imensamente grata por este gesto de carinho e reconhecimento.
Nosso agradecimento sincero a todos que colaboraram para tornar esse momento possível. Agradecemos aos padres e, em especial, ao Padre Leandro Carlos Broleze, que idealizou este projeto como forma de eternizar a memória do Diácono Pedrinho. Desde o primeiro instante, Padre Leandro esteve ao lado da nossa família, presente de maneira firme e silenciosamente forte, oferecendo apoio, conforto, oração e humanidade. Com gestos generosos, ele amparou como um verdadeiro amigo fiel. Seu coração sensível e sua dedicação tocaram profundamente a todos nós, e por isso, seremos eternamente gratos.

A estátua do Diácono Pedrinho, apresentada a comunidade nesta ocasião tão especial, representa uma linda história de amor, um legado de fé e um símbolo vivo dos valores que ele cultivou e compartilhou com a Igreja, uma Igreja que ele viu nascer e crescer com dedicação e zelo. Esta homenagem é um gesto de gratidão por tudo o que ele representou, e também uma forma de inspirar as novas gerações a acreditarem que o amor ao próximo, o cuidado com o outro, a entrega total e a fé verdadeira podem, sim, transformar vidas.

A família do Diácono Pedrinho expressa sua sincera gratidão à comunidade perolense pelo carinho, respeito e amizade que sempre foram dedicados a ele.
Padre Leandro Carlos Broleze se emociona ao falar do Diácono Pedrinho. Ao longo da caminhada, construíram uma amizade verdadeira, unida pela fé e pelo amor à Igreja. Padre Leandro e Diácono Pedrinho cultivaram uma amizade sincera, marcada pelo respeito, admiração e fraternidade cristã.
Quem é o Diácono Pedrinho? Conheça um pouco de sua história, escrita pelo colunista Joel Marques, do Portal Altônia.

Seu Pedrinho… ou simplesmente: PEDRO LOPES VIEIRA.
Nasceu no dia 13 de maio de 1935. O dia de Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Felício Santos nas Minas Gerais um menino franzino o qual recebera o nome de Pedro Lopes Vieira.
Desde pequeno, educado na fé católica e desde muito cedo, inclinado para a vida comunitária e ao serviço pastoral. Ainda muito jovem despertou nele o desejo de ser padre, e por este motivo ingressou se no Seminário, onde durante cinco anos estudou para este fim. Porém a vontade de Deus, as vezes nos tira um sonho, para confiar nos, responsabilidades e missão muito maiores.
No mês de março de 1960, aquele mineirinho de quase 25 anos veio morar num lugar inóspito, onde existia apenas mata e apenas 4 casas de moradia. Aqui neste pedaço de chão, fincou morada e se tornou um dos pioneiros onde, 3 anos mais tarde se tornaria Paróquia e 8 anos, o município de Pérola.

Viu Pérola ser semeada, gerada, nascer e crescer.
Desde que aqui veio morar se ingressou na igreja ajudando o difícil e árduo serviço pastoral contribuindo na evangelização junto com os padres franceses.

Sempre com muita dedicação ao serviço da Igreja foi o primeiro Catequista da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, ajudou a formar as Comunidades Eclesiais de Base e também iniciou os trabalhos de Ministro da Eucaristia e da Palavra.

Pedrinho foi vereador na 2ª Legislatura de 1973 a 1976, quando na oportunidade os vereadores não tinham remuneração. Foi o segundo vereador mais votado, porém mais de 200 votos foram impugnados porque em muitas cédulas estava escrito Pedrinho sacristão, Pedrinho Buosi, Pedrinho da Igreja, Pedrinho Ministro, entre outros pseudônimos no qual era e até hoje é conhecido, porém não havia sido registrado em sua candidatura, tendo sido desta maneira rejeitados pelo Juiz Eleitoral da Comarca de Xambrê.

Como vereador nunca faltou em nenhuma Sessão. Dentre tantos projetos e indicações, o nome da Praça Padre Armando Phillipe, a praça da Igreja Matriz, foi de sua autoria, uma justa homenagem ao primeiro pároco da Paróquia de Pérola.

Em 15 de outubro de 1974, Pedrinho deu mais um importante passo em sua vida: casou-se com Ivone Ferreira Assumpção Vieira. Nesta data especial, muitos padres fizeram questão de estar presentes na cerimônia, demonstrando o carinho e o respeito que tinham por ele.

No mesmo ano de seu casamento foi investido Ministro Extraordinário da Eucaristia e da Palavra.
No ano 2011, Foi condecorado com a maior honraria que uma cidade pode dar a uma pessoa: o Título de Cidadão Honorário, proposto pela Câmara Municipal de Vereadores.

No município de Pérola Pedrinho conquistou tudo que a família tem: materialmente pouco, pois sempre optou pelo jeito franciscano de vida, mas o bem mais precioso que tem, aconteceu aqui. A esposa Ivone e os filhos: Terezinha Angélica, Marcos Paulo, Ana Paula e o segundo filho Mateus Pascoal que foi morar com Deus no dia em que comemoraria seu primeiro ano de vida. Os netos, Pedro Henrique, Gustavo, Alice e Isabela.
Falar do Pedrinho é muito fácil, ou talvez, na realidade, muito difícil, diante de tanta coisa que este homem fez. Sempre pronto e disposto a ajudar o próximo com orações, visitas aos doentes, arrecadando donativos, alimentos, roupas, móveis para pessoas em estado de vulnerabilidade. Sempre muito pontual com seus compromissos.
Com certeza ajudou necessitados muito mais do que qualquer entidade filantrópica, secretaria de assistência social ou órgão caritativo.
A esposa Ivone, os filhos ou os amigos nunca ouviram pronunciar um palavrão ou um xingamento, muito menos falar alto ou discutir com alguém.
Pedrinho nunca teve nenhum vício, nunca bebeu, muito menos fumou, não é à toa que chegou aos 89 anos todo lindão, com uma saúde de fazer inveja a muitos que tem a metade de sua idade.
Falar do Diácono Pedrinho, facilmente daria para escrever um livro. Apenas redigir as suas ações somente de um dia daria para preencher um capítulo com detalhes de sobra, os quilômetros diários percorridos em cima de sua inseparável bicicleta barra forte da década de 70, em busca de ajudar as pessoas, fazer uma benção ou colocar as colunas no lugar.

O Diácono Pedrinho, homem de bem. Totalmente ecumênico. Pois todos o honravam e respeitavam. Fosse católico, protestante, evangélico, maçom, espírita, umbandista ou ateu.
O dia 26 de setembro de 2024 ficará marcado como a data que a cidade de Pérola perdeu talvez o seu morador mais ilustre. Somos humanos e por isto, nos entristecemos ao despedirmos do nosso querido Pedrinho. Mas este homem, com inclinação para ser santo, teve a capacidade de unir uma cidade inteira em oração. Reuniu uma comunidade na madrugada em adoração a Jesus.
No seu velório teve a visita de milhares de pessoas, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Padres, Pastores, evangélicos.


E no seu sepultamento, reuniu em seu cortejo à pé da Igreja Matriz até o Cemitério Municipal mais de mil pessoas para manifestar o seu Adeus.

Imagino a alegria que se faz no céu nesta data, ao receber triunfalmente mais um santo.
Imagino ainda, a recepção calorosa de outros que lá já estão e antecederam nosso querido Diácono.
Padre Francisco Mayor, Orlando Biaca, Nelson Buosi, Dona Genilda, Irmã Miguel, Irmã Maria, Irmã Tereza, Dom Pedro Urkia entre tantos outros, todos recepcionando o novo santo: Salve Pedro. Salve Pedrinho.
E eu concluo minha escrita. Que alegria de o conhecer. Que alegria ter feito parte da sua história.
Salve! São Pedrinho.
Joel Marques(Portal Altônia) Ana Paula Assumpção/Notícias da Comcam
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