Além da inoculação da semente de soja com Bradyrhizobium a adição de outro microrganismo, a bactéria Azospirillum, vem contribuindo para o aumento da produtividade da cultura. A inoculação com rizóbio favorece a formação de nódulos radiculares onde as bactérias captam o nitrogênio atmosférico, que no processo, será transformado em compostos nitrogenados dispensando a adubação nitrogenada na cultura, total ou parcialmente.
Com a coinoculação, o mecanismo de ação da bactéria Azospirillum, comparado com o do Bradyrhizobium é outro. Ela realiza a produção de fitormônios que amplia o sistema radicular da soja, aumentando o volume de solo explorado, resultando em maior absorção e melhor aproveitamento de nutrientes e água, contribuindo para menor susceptibilidade a estresse hídrico.
A eficiência do uso desta tecnologia, desenvolvida pela Embrapa, pode ser aumentada quando os produtores adotam a inoculação ou a coinoculação observando as boas práticas recomendadas pela pesquisa.
Em Campina da Lagoa, na safra 2024/2025, em uma Unidade Demonstrativa instalada pelo IDR-Paraná, na lavoura do produtor Daniel Salvagnini, localizada na comunidade Água da Campina, o extensionista Everaldo Andrade De Ávila concluiu que, com a prática da Inoculação houve um aumento de 5,42% na produtividade da soja em relação a área não Coinoculada, com um incremento de 9,51 sacas de soja por alqueire na área tratada somente com a Coinoculação . O custo para realizar esta prática ficou em apenas 0,63 sacas de soja por alqueire.
Ao verificar os resultados do trabalho o produtor Salvagnini disse: “Nas safras anteriores não adotava esta prática, mas a partir de agora não vou deixar um kilo de semente de soja sem coinocular porque vi que o aumento da produção por alqueire é muito grande comparado com seu custo que é muito baixo”.
Fonte - Unidade de extensão rural do Instituto de desenvolvimento rural do Paraná-Iapar/Emater- IDR-Paraná.
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