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Tarde de Campo de Inverno em Ubiratã: boas práticas para uma agricultura sustentável


Com a participação de 60 pessoas, foi realizada em Ubiratã, região de Campo Mourão, uma Tarde de Campo de Inverno, promovida pelo IDR-Paraná Iapar-Emater, com apoio da Itaipu Binacional, da Secretaria Municipal da Agricultura e do Sicredi. Produtores e técnicos reuniram-se na propriedade do Sr. Ernani Isamu Suzuki, onde está instalada uma das Unidades de Referência do Projeto Grãos Sustentáveis do município. O evento foi uma oportunidade aos presentes conhecerem e debaterem as tecnologias que promovem o aumento de produtividade com sustentabilidade.

Predomina no município a produção intensiva de grãos em pequenas e médias propriedades familiares, especialmente a sucessão soja e milho 2ª safra. Este sistema adotado por longa data tem apresentado limitações, especialmente relacionado a compactação do solo, pouca tolerância das lavouras a períodos de estiagem, problemas de erosão em anos muito chuvoso, dificuldade no controle de plantas daninhas e seleção de pragas e doenças com resistência ao controle com inseticidas e fungicidas.

Com o intuito de apresentar alternativas para modificar esta situação e criar um ciclo virtuoso de produção sustentável, foram apresentadas alternativas de rotação de culturas de inverno. O IDR-Paraná cedeu sementes de cultivares desenvolvidas pela própria instituição para instalação de diferentes possibilidades: aveias brancas IPR Esmeralda, Afrodite, Artemis e Andromeda; Centeio IPR-89; Triticale IPR-111; mix de sementes de aveias brancas e nabo forrageiro; mix de sementes de aveia preta Iapar 61, centeio, triticale e nabo; mix de aveia preta, aveia branca e nabo forrageiro.

O Eng. Agrônomo Celso Daniel Seratto explicou e demonstrou o potencial destas espécies em promover naturalmente a descompactação e a qualidade física e biológica do solo. Também são conhecidas como plantas de serviço e que necessariamente precisam compor o sistema produtivo nas cadeias produtivas da soja e do milho. Seratto acrescentou ainda a possibilidade das alternativas com espécies de verão para compor o sistema, como a braquiárias, o milheto e o sorgo forrageiro.

Na oportunidade também foram debatidos com os extensionistas do IDR-Paraná tecnologias desenvolvidas pela Embrapa para redução do uso de agrotóxicos, ou seja, o Manejo Integrado de Pragas e Doenças da Soja. O extensionista Luiz Henrique Oliveira Souza apresentou os resultados de 10 anos de acompanhamento de Unidades de Referencia realizados pela instituição em todas as áreas produtores de soja do Paraná, ou seja, redução média de 50% no uso de inseticida e 38% no uso de fungicidas, sem comprometimento da produtividade. São dados publicados pela parceria Embrapa e IDR-Paraná, de uma tecnologia de baixo custo e totalmente acessível à pequenos, médios e grande produtores.

Por fim, o extensionista Eduardo Campos Barbosa apresentou a tecnologia da Fixação Biológica de Nitrogênio, através da pratica anual da coinoculação de sementes de soja. A Embrapa preconiza a inoculação de 02 bactérias amigas da soja, ou seja, o Bradyrhizobium e o Azospirillum, sendo a primeira responsável pela nutrição natural das plantas de soja com o nutriente nitrogênio e a segunda uma promotora de enraizamento.

Esta tecnologia também é de baixo custo e tem o potencial de promover um aumento médio de 8% na produtividade de soja, desde que bem aplicada.

O extensionista Luiz Henrique Oliveira Souza, responsável pelo IDR-Paraná de Ubiratã, comenta que o evento teve como objetivo principal desafiar os produtores para adoção de um melhor manejo do solo, visto que a maioria não realiza um manejo adequado e não adota algum tipo de rotação de cultura. Também adotar as demais boas praticas para uma produção sustentável de grãos, com estabilidade de produção e boa rentabilidade de suas propriedades.

Fonte: Unidade de extensão rural do IDR-Paraná de Ubiratã.










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