O município de Barbosa Ferraz já foi
um grande produtor de maracujá no estado, após a entrada da Virose do
Maracujazeiro em 2014, esse número diminuiu drasticamente, no entanto como o
município tem forte base familiar em sua agricultura, precisa voltar a ser um grande produtor da
fruta.
Baseado nisso os agricultores do
município participaram de uma capacitação nos dias 11 e 18 de maio promovido
pelo Idr-Paraná, Secretaria Municipal de Agricultura, Sindicato Rural e Senar.
O extensionista local do IDR Paraná,
Marcelo Agenciano, destacou que alguns participantes já produzem maracujá e
outros iniciarão a produção agora: “Todos aprendem nessas capacitações,
atualizam seu conhecimento e sempre tem informação técnica nova para levar para
sua rotina no campo”.
Para o agricultor Leandro Silva que já
encomendou e plantará 500 mudas de maracujá na Comunidade Irmã Dorothy, esse
curso é importante porque trouxe informações que ele não sabia, sua forma de
ver a cultura do maracujá mudou totalmente, sendo que agora irá fazer melhor
que antes, já que a ideia é melhorar aos poucos, mas o pontapé inicial já está
sendo dado: trabalhar dentro da técnica, que é o que ele sempre sonhou, agora é
participar de outras capacitações pra aprender sempre mais, lembrou o senhor
Silva.
A capacitação foi conduzida pela
Engenheira Agrônoma do Senar Beatriz Meira, que abordou as principais pragas da
cultura, como os percevejos por exemplo e apresentou armadilhas de fácil
confecção para seus controles, como alternativa ao uso de defensivos, já que um
dos objetivos da capacitação é o uso racional de defensivos.
A prevenção e o manejo preventivo das
doenças que atacam a cultura como a Verrugose por exemplo, doença totalmente
evitável, quando tomados alguns cuidados pelos agricultores, foram debatidos.
O curso abordou a importância da
nutrição equilibrada durante todo ciclo e sua relação direta com ataque de
várias pragas e doenças oportunistas e também focou no maior desafio do
produtor de maracujá hoje: como evitar a entrada da Virose do Maracujazeiro na
minha propriedade?
Além de identificar os sintomas da
Virose e de outras doenças comuns na cultura, essa pergunta foi trabalhada a
exaustão na visita a campo, onde todos puderam ver o manejo do mato e a
importância da cobertura vegetal para não termos a presença do vetor da doença:
o pulgão, o que foi entendido por todos e agora estarão vigilantes ao
retornarem para seus lares.
Ainda dentro desse tema foi abordado a
importância de se levar somente o mudão para o campo para que o agricultor
inicie sua produção livre da Virose do Endurecimento do Maracujá, o que além de
aproveitar ao máximo o potencial produtivo da planta, não será foco da doença
para os vizinhos, o que hoje é um problema real e deve ser mais observado pelos
agricultores.
Mais 3 cursos estão agendados para o
segundo semestre na área de Inimigos Naturais, Planejamento da Produção e
Cultivo em Ambiente Protegido; interessados devem procurar o IDR Paraná do
município, ou se informar no telefone (44) 3275-1644.
Fonte - Unidade
de Extensão Rural do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-
Iapar/Emater.
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