Produtores de leite assistidos pelo
IDR-Paraná, instituto de desenvolvimento rural do Paraná IAPAR/EMATER do
município de Iretama, investem no cultivo do sorgo forrageiro para silagem
safrinha. Na época normal de plantio, em locais onde a pluviosidade é regular,
o mais recomendado para silagem é o plantio do milho, pois é uma cultura
amplamente difundida em todo o País, com técnicas culturais avançadas e bem
conhecidas. Mas fatores como restrições hídricas, aumento do preço dos insumos,
alto custo da silagem levaram os produtores a plantar sorgo, pois é mais
tolerante a períodos secos e um investimento menor para a implantação da
cultura.
A cultura de sorgo tem sido utilizada no
processo de ensilagem, principalmente por sua facilidade de cultivo, altos
rendimentos, tolerância à seca e capacidade de explorar grande volume de solo.
Também apresenta um sistema radicular abundante e profundo e permite cultivar a
rebrota. Isso é possível quando a cultura é submetida a manejo adequado e,
especialmente, pela qualidade da silagem produzida, sem uso de aditivo para
estimular a fermentação.
São plantas de porte alto, acima de 2,70
metros de altura, o que confere a essas cultivares um alto potencial de
produção de massa verde. A produção de massa verde dos híbridos é alta,
variando de 50 a 70 t/há no primeiro corte e têm boa rebrota, colhendo-se de 30
a 70% no segundo corte, dependendo da temperatura, da disponibilidade de água,
da fertilidade do solo e adubação.
A maior vantagem do sorgo forrageiro
tradicional é o baixo custo da silagem produzida. Em geral, os sorgos
forrageiros de porte alto comercializados no Brasil apresentam colmos
suculentos, com alto teor de açúcares, pois são derivados de materiais
genéticos chamados de sorgo sacarino. Ao utilizar tais cultivares, o produtor
deve atentar para o fato de ao fazer a colheita as plantas apresentarem-se com
30% de matéria seca, aproximadamente, para evitar a perda de nutrientes por
lixiviação (umidade escorrendo no fundo do silo), para obter bom padrão de
fermentação, e, consequentemente, obter uma silagem de boa qualidade.
Produtor Emerson Rodrigues, falou: “Em uma
visita que o Jorge do Idr-Paraná fez aqui na propriedade, a gente debateu e
planejou cultivar o sorgo precoce agora na safrinha, para baixar os custos,
pois as sementes de milho estavam muito caras, e o preço do leite pago a gente
está bem baixo, e Graças a Deus teremos forragem de qualidade para ensilar”.
Já o produtor Messias Eulampio, disse: “Tive
um pouco de perda por causa da lagarta, mas os custos compensaram fazer o
plantio de sorgo, e pretendo fazer o plantio também no verão”.
“Mesmo que alguns produtores tiveram ataque de lagarta e pulgão, no geral economicamente o plantio ficou mais barato, pois os preços das sementes saíram bem mais em conta, e o controle da lagarta e pulgão foram menos que geralmente se usa no milho” comentou Jorge André, extensionista do Idr-Paraná.
Fonte - Unidade de Extensão Rural do IDR-PARANÁ de Iretama.
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