Por: Flávia Fabrício
Estamos no mês de
setembro, e como podemos observar em muitos locais há a presença de decorações
na cor amarelo, e isso se deve ao fato deste mês ser dedicado a prevenção do
suicídio, e tendo como sua marca, o amarelo.
Este assunto ainda se
apresenta como sendo um tabu em nossa sociedade, pois vem carregado de
estigmas, preconceitos, e muitos julgamentos sobre o indivíduo que tira sua
própria vida. Principalmente se os familiares e amigos não tiverem notado os
sinais de sofrimento psíquico no sujeito, na maioria das vezes a pessoa se encontra
em estado depressivo, podendo ter mencionado o suicídio ou não.
“Constatou-se que, para
cada suicídio, em média seis pessoas próximas sofrem conseqüências emocionais,
sociais e econômicas. Por ser o suicídio uma morte trágica, pode-se refletir
sobre a dificuldade em lidar com a situação” (FUKUMITSU et al., 2015, P. 51).
Diante de tal acontecimento os familiares ficam muito sensibilizados se
questionando se poderiam ter feito algo para evitar, ou até mesmo se possuem
culpa, algumas vezes até julgando como egoísta a escolha do sujeito em tirar
sua própria vida. Outro fator que pode agravar o sofrimento, é o julgamento e
falta de empatia de pessoas externas a situação, que podem considerar o ato
como negligência por parte daqueles que conviviam com o falecido.
Sendo assim, é de
grande importância o cuidado ao fazer certas perguntas e levantar determinadas suposições
aos sujeitos que estão passando por um processo de luto por suicídio, deve-se
refletir se os comentários serão mesmo de apoio ou apenas uma investigação para
satisfazer a curiosidade pessoal sobre o caso. Também pelo fato de que certas
frases e questionamentos podem acabar servindo de gatilho.
Referências:
FUKUMITSU, K. O.; ABILIO, C.C.C.; LIMA, C.F.S.; GENNARI, D. M., PELLEGRINO, J. P.; PEREIRA, T. L.; Posvenção: uma nova perspectiva para o suicídio. Revista Brasileira de Psicologia, Salvador, Bahia, p.48-60, 2015.
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