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Tendência de alta para os preços da soja continua para 2021 até chegada de nova safra do Brasil


Força vem não só do grão, mas também dos derivados, e momento é forte para a remuneração tanto do farelo, quanto do óleo. E tendência é positiva também para ambos os mercados.
Os preços da soja seguem muito altos e sustentados no mercado brasileiro refletindo a combinação de uma demanda muito forte, principalmente pela China, por questões cambiais e a boa qualidade do produto brasileiro. O primeiro semestre foi bastante forte para as exportações nacionais, que chegaram a alcançar 63 milhões de toneladas nos primeiros seis meses de 2020, e a oferta neste momento é bastante escassa. 
Como explica o pesquisador do Cepea, Lucilio Alves, a tendência de preços firmes para a soja brasileira continua neste segundo semestre e deve se estender até o ano que vem, quando chega efetivamente ao mercado a oferta da nova safra do Brasil. Enquanto os preços atuais variam entre US$ 22,30 e US$ 22,50 por saca, base Paranaguá, para 2021 já são registradas referências na casa de US$ 21,00, “patamar extremamente atrativo” para novos negócios. 
“Por sazonalidade, é comum termos um segundo semestre de preços mais firmes em virtude da escassez doméstica, porém, este ano isso acontece de forma mais intensa e temos parâmetros de preços para o ano que vem muito próximos dos patamares atuais. Então, não há sinais neste momento de uma inversão de curva, pelo contrário, espera-se sim uma sustentação de preços pelo menos até a chegada de uma nova safra, em pelo menos seis a oito meses”, diz Alves, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (15). 
O pesquisador afirma ainda que o bom momento de preços entre os derivados é mais um fator de suporte aos preços da matéria-prima. A remuneração nos mercados tanto de farelo, quanto de óleo de soja é bastante positiva, estimuladas, respectivamente, pela força observada no setor de proteínas animais e do biodiesel. 
“Da mesma forma, não temos parâmetros para quedas. E lembrando que, no caso do farelo, além de uma demanda interna ativa, temos também a demanda externa muito ativa. O Brasil conseguiu uma parte do mercado que foi deixado pela Argentina tanto por problemas internos, quanto por problemas de tráfego fluvial e o Brasil foi beneficiado também por este fator”, explica o especialista. 
O que poderia promover uma mudança no andamento dos preços, ainda segundo Alves, seria a taxa de câmbio e o desenvolvimento da nova safra norte-americana. Para os prêmios, o pesquisador do Cepea afirma que seu movimento dependerá da dinâmica do mercado, especialmente o internacional. 
NOVAS VENDAS
Alves afirma ainda que a necessidade maior de venda dos sojicultores brasileiros já passou e, na maior parte do país, começa a chegada da renda do milho de segunda safra, além do algodão ou trigo para diferentes pontos do Brasil. 
“De qualquer maneira, acredito que o produtor vai, aos poucos, intensificar suas negociações para o ano que vem de contratos a termo porque agora também se intensificam as negociações de insumo para a próxima safra, caminhando para uma finalização, e estamos em um dos melhores momentos de relações de troca”, diz. “O grande lance é não perder oportunidades e aproveitar estes bons momentos”, completa. 
IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS
Sobre as importações de soja pelo Brasil, que também são mais fortes este ano dada a escassez de produto internamente, Lucílio Alves explica que os volumes são insuficientes para promover uma mudança no mercado 
Além disso, salienta ainda que as importações se dão também pelas perdas registradas na produção da região Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, o que aumentou a necessidade da indústria esmagadora da região, além da viabilidade de produto em países onde há excedente da oleaginosa, como o Paraguai. 
Saiba mais na entrevista abaixo, do Notícias Agrícolas, com o pesquisador do Cepea sobre o Mercado da Soja
Fonte: Notícias Agrícolas








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