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Capoeira - Mato Rico

                                                                                                                                       Por Jorge Tolim

A capoeira, uma dança conhecida como luta camuflada, está presente no dia-a-dia, de várias crianças do município de Mato Rico. Fazem parte do grupo, cerca de sessenta crianças e adolescentes sendo que a maioria faz parte do PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, mantido pela Secretaria de Assistência Social do Município, sendo que no total de crianças e adolescentes que participam do PETI, são 173, sendo eles da localidade de Bela Vista e de Mato Rico.

A Capoeira tem sido um dos principais atrativos do PETI e tem despertado o interesse de muitos alunos, implantada no município há 03 anos, tendo a frente o Instrutor Edivaldo Donizetti de Oliveira o popular (Tio), assim, o grupo já conquistou a admiração não apenas dos matoriquenses, mas também em todos os lugares onde se apresentam, pois dão um verdadeiro show.

De acordo com o Instrutor, Edivaldo Donizetti de Oliveira, é muito gratificante perceber a satisfação de cada um dos praticantes, sendo que é possível constatar a alegria de cada um pela própria expressão. Além disso, um dos principais elementos que nos alegra é perceber a força de vontade deles e ver os mesmos correspondendo as expectativas desejadas, dentro daquilo que buscamos em cada participante, ou jogador de capoeira, explica. “Agradeço a colaboração da Assistência Social, através da prefeitura, que sempre tem nos dado suporte para dar continuidade ao projeto.” Enfatiza.

O instrutor acrescenta ainda que, está surpreso com o sucesso do grupo, sendo esta dança ou luta, genuinamente brasileira porém no sul do país nem tanto porque nos estados no sul a capoeira não é tão desenvolvida, sendo mais praticada no norte e nordeste, de onde veio. Relata também o instrutor algumas curiosidades:

A Capoeira tornou-se necessário a pratica, ou treinar e organizar os movimentos conhecidos em forma de luta. No Brasil, os escravos indefesos e oprimidos pelas armas e chibatas dos senhores de engenho se entregavam ardorosamente aos cultos religiosos e danças litúrgicas exaltando o sentido de liberdade. O ritmo bárbaro dos instrumentos da percussão, aliados aos seus cânticos acres e misteriosos, exacerba-lhes as gesticulações, exagerava-lhes os saltos, exercitava-os na ginga do corpo, dotando-os de extraordinárias mobilidade, excepcional destreza e surpreendente velocidade de movimentos numa dança estranha, até então dança das Zebras. E, no laboratório da natureza, os simples gestos se transformam em movimentos de ataque e defesa diante dos olhos de seus opressores, que apenas observam, pois dança de escravo não merecia maior atenção. Enquanto dançavam, os escravos se adestravam na arte da simulada luta utilizando-se somente das armas que o próprio corpo podia lhes oferecer : pernas, braços e cabeça, Conta o Instrutor.

Instrutor Edivaldo Donizetti de Oliveira o popular (Tio)

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