O Instituto Emater através da
Unidade Regional de Campo Mourão encerrou uma série de 16 Seminários Municipais
relacionado a atividade leiteira tratando da Sanidade Animal e Qualidade do
Leite. Foram envolvidos aproximadamente 1000 produtores e lideranças ligadas a
cadeia produtiva tratando das principais alterações nas regras para a
produção de leite através das Instruções Normativas
Nº 76 e 77 do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e as consequências do fim
da vacinação contra a febre aftosa alterando o status
do Estado do Paraná como área livre de Febre Aftosa sem vacinação.
Em
relação as Instruções Normativas que fixa novas regras
para a produção de leite, os principais objetivos dessas normas é garantir a qualidade do leite e seus
derivados e aumentar a competitividade brasileira no mercado lácteo internacional.
Durante o Seminário, foram ressaltados os principais pontos que afetam os
produtores e as indústrias através das definições de critérios para obtenção de
leite de qualidade e seguro ao consumidor e isto passa pela organização da
propriedade, suas instalações e equipamentos, capacitação dos responsáveis pela
tarefa diária, o controle sistemático da mastite, brucelose e da tuberculose. Em
relação à identidade e qualidade do leite cru refrigerado fica estabelecido a
contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células
somáticas por ml. Um dos principais impactos para o produtor será a necessidade
da adequação do limite da CPP que é contagem bacteriana total onde a normativa
deixa claro a necessidade do leite ter CBT inferior a 300.000 UFC/ml, na média
geométrica dos últimos 3 meses e não houver adequação, o produtor terá a coleta
do leite suspensa, até a comprovação do seu enquadramento. Outro ponto é a obrigatoriedade do Plano de Qualificação de Fornecedores
de Leite efetuado por um profissional habilitado junto com o produtor, o
objetivo principal é aproximar produtores e indústria, visando maior segurança
para o consumidor e o desenvolvimento para o setor produtivo.
Em relação a alteração no status do
Estado do Paraná como área livre de Febre Aftosa sem vacinação, o impacto desta
mudança vai além do fato do produtor não mais vacinar seu rebanho contra a
Aftosa diminuindo seu custo de produção, o maior impacto deverá ser na abertura
de novos mercados para a proteína de origem animal bem como a valorização dos
produtos no mercado internacional aumentando a exportações do Paraná. Alguns
compromissos permanecem junto ao produtor, dentre elas a atualização do
Cadastro dos rebanhos em maio e novembro junto a Adapar, o controle da Brucelose
e Tuberculose mediante realização de exames e vacinas periódicas além da
obrigatoriedade da Guia de Transito Animal (GTA) para qualquer movimentação de
animais nas propriedades, outro aspecto importante é que fica proibida a
circulação de vacina da Aftosa no estado bem como a entrada de animais bovinos
e bubalinos oriundos de outros estados. isto tudo visando evitar a manifestação de
novos casos de Febre Aftosa e também garantir sanidade do rebanho paranaense.
Para a realização dos Seminários
foram envolvidos profissionais do Instituto Emater, Adapar e da SEAB com apoio
das Secretarias Municipais de Agricultura, Sindicatos, Cooperativas e
Associações de Produtores, Laticínios e Empresas de Insumos e Astec ligadas ao
setor leiteiro.
Fonte - Kenji Oscar Asami - Coordenador
Regional de Produção Animal
Instituto Emater - Regional Campo
Mourão
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