Os agricultores do Paraná estão proibidos de
plantar ou manter plantas vivas de soja no
estado, no período de 15 de junho a 15 de
setembro. É o período do vazio sanitário – sem
plantas de soja em propriedades rurais e
estradas
Em nota, a Secretaria da Agricultura explicou
que o objetivo da medida é evitar ou retardar ao
máximo o aparecimento do fungo causador da
ferrugem asiática, doença que ataca a cultura e
causa sérios prejuízos aos produtores. O Paraná
é o segundo maior produtor de soja do país, com
volume de produção de 15,26 milhões de toneladas de grãos e área plantada de 4,5 milhões de hectares.
Parceira na divulgação do vazio sanitário no Paraná, a Federação da Agricultura está distribuindo 300
mil folhetos de alerta, nas barreiras interestaduais, nas concessionárias de pedágio e transportadoras de
soja, sobre o período da proibição.
A engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, responsável pela
área de Grandes Culturas do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Secretariada Agricultura alerta os transportadores para que verifiquem se as carrocerias dos caminhões estão bem
vedadas e tomem os devidos cuidados para não derrubar grãos nas estradas. A ideia é evitar que nasçam
plantas nas margens das rodovias , que podem servir de hospedeiras do fungo.
O vazio sanitário foi adotado no Brasil em 2006. De acordo com a assessoria da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, a medida preventiva está
implantada em 12 estados (Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas
Gerais, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Bahia, Rondônia e Pará). A maioria deles adotou o vazio
sanitário por 90 dias. Na Bahia, no Pará e Maranhão, o vazio sanitário deve durar 60 dias , a partir de 15
de junho.
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