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Moradores de Londrina voltam a sentir tremores de terra


Após uma semana, moradores da zona leste de Londrina, no norte do Paraná, voltaram a sentir tremores de terra na noite de domingo (20) e na madrugada desta segunda-feira (21). A Defesa Civil da cidade disse ter recebido cerca de 20 chamadas telefônicas relatando uma sequência de estrondos no Jardim Califórnia. O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) já havia confirmado um tremor de 1,8 grau de magnitude na região, equivalente a um pequeno terremoto, no dia 14. De acordo com os moradores, foram dois estrondos fortes seguidos de tremores. Os sequentes tremores tem abalado também a tranquilidade dos moradores. A professora Michelli, que mora no Jardim Califórnia há mais de 20 anos agora não sabe se vai continuar morando na região. “Eu pensei até em mudar. Se continuar, quem sabe a gente vai sair”, comentou.

No começo da semana passada, os moradores chegaram a se reunir cobrando uma resposta das autoridades para os tremores.

A Defesa Civil informou que voltou ao Jardim Califórnia na manhã desta segunda para colher relatos dos moradores sobre a intensidade e os horários dos tremores. As informações devem ajudar nos estudos que podem dar uma resposta definitiva à situação.

Já a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) garante que não há qualquer problema com as tubulações e afasta qualquer relação entre os tremores e as obras para a instalação de uma adutora realizadas no bairro.

O Centro de Sismologia da USP foi procurado, mas até a publicação desta matéria não havia retornado para confirmar ou descartar os tremores.

Registros

O tremor de terra do dia 14 foi determinado após verificação dos sismógrafos localizados em Fartura, Pitanga, Pacaembu e Tijucas do Sul. “Como os sismógrafos estão localizados em cidades que ficam longe de Londrina, a determinação do grau de magnitude foi feita manualmente, após a realização de cálculos. É importante ressaltar que tremor de terra como esse são corriqueiros no território nacional, normalmente o epicentro ocorre em lugares desabitados, por isso não são sentidos pela população”, explica o técnico em sismologia José Roberto Barbosa.

Sobre o barulho ouvido pelos moradores, Barbosa explica o som é resultado da liberação de energia no interior da terra na hora tremor. “Antes do epicentro normalmente são sentidos microtremores. Pelos relatos dos moradores, dá para dizer que isso aconteceu desde sexta-feira” explica o técnico do Centro de Sismologia da USP.

Este ano, o Centro de Sismologia da USP registrou tremores de terra em Prudentópolis e em Rio Branco do Sul. Nas duas cidades a magnitude alcançou a magnitude 3 na Escala Richter.

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