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“Foi só entrar e morar”, conta agricultor que recebeu uma nova casa


Os produtores rurais Lauro e Santina Huf, de Laranjeiras do Sul, no Centro-Oeste do Estado, viviam em uma casa de madeira já desgastada pelo tempo. Hoje essa casa serve de galpão. É que no final do ano passado, graças ao programa em parceria do governo estadual, governo federal e município, Lauro e Santina receberam um presente de alvenaria, construído bem na entrada da propriedade, de pouco mais de dois alqueires, onde vive o casal.

Eles foram contemplados pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), que além de subsídio para a construção, os beneficiados pagam apenas 4% do valor do imóvel, dividido em quatro parcelas anuais. O programa atende agricultores familiares e também famílias de quilombolas, indígenas, pescadores artesanais e ribeirinhos com renda bruta anual de até R$ 17 mil. 

NOS TRINQUES - Com 46 metros quadrados, a nova casa de Lauro e Santina tem dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia. “Foi entregue nos trinques”, conta o agricultor. “O pedreiro caprichou e a residência ficou completinha, já com móveis, pintada e com tudo que a gente precisa. Foi pegar nossas coisas, entrar e morar”, conta ele. A nova casa é mais fácil para limpar. “É melhor para varrer e passar pano no chão. A outra gerava muito sujeira”, relata Santina, enquanto prepara um café cheiroso no fogão a lenha. 

Pelo chão de terra batida da antiga propriedade, a alguns metros da nova moradia, há agora reserva de milho para as galinhas, comida para porcos, sacos de feijão e soja e caixas de banana, laranja, abacaxi e mimosa. O casal gosta de caju, mas não cultiva porque o clima subtropical úmido da região não permite. 

13 MIL – Lauro Santina estão entre as 13 mil famílias de agricultores que receberam casas novas suas propriedades, nos últimos seis anos. O conforto e a segurança da nova residência contribuem para que permaneçam no campo.

Em Laranjeiras do Sul, desde 2011, 60 famílias, urbanas e do meio agrícola, foram atendidas com moradias populares. Até o final deste ano, outras 45 receberão suas residências. Os investimentos no município, não somente em habitação, mas em outras áreas como saneamento, saúde e educação, fizeram o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) saltar de 0,464 em 1991 para 0,706 em 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

PARCERIA - A Cohapar está a frente do programa de habitação rural no Paraná. A Secretaria de Estado da Agricultura e a Emater também atuam diretamente nos projetos, fazendo o cadastramento, seleção e acompanhamento social das famílias beneficiadas e apoio institucional às iniciativas.

“O Governo do Estado tem sido fundamental em Laranjeiras do Sul”, afirma o diretor de habitação da prefeitura, Josnei Marcondes Glaba. “Foi o governo estadual que lançou o programa. “Posso dizer que sem a ajuda do Estado não teríamos essas moradias aqui na região”, conta. 

Paraná vai receber mais casas neste ano

O Ministério das Cidades anunciou no final de março deste ano a liberação de uma cota de mais 35 mil casas rurais do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) para todo o Brasil. A Cohapar, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Emater estão articuladas para auxiliar as prefeituras para trazer ao Paraná a maior parcela possível das unidades disponibilizadas em todo o País. 

Após o comunicado, os órgãos estaduais envolvidos começaram as articulações visando auxiliar as prefeituras na apresentação de novos projetos para captação de recursos para o Estado. “Vamos dar total suporte aos municípios para que o maior volume possível de moradias sejam destinadas ao Paraná”, diz o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion,

Para isso, o governo estadual e prefeituras devem apresentar projetos que se enquadrem nos novos critérios estabelecidos pelo governo federal até 30 de abril. Após este prazo, as propostas serão analisadas pelo Ministério das Cidades e, em caso de aprovação, encaminhadas ao agente financeiro para liberação dos recursos e contratação em até 90 dias.




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