Últimas Notícias

img4

Soja perde área para milho e feijão no Paraná


O primeiro levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) sobre a intenção de plantio dos agricultores paranaenses na safra de verão 2016/2017 confirmou a tendência de retração da área plantada de soja, estimada em 5,24 milhões de hectares. A perda é de 47,9 mil hectares (1%) em relação à safra passada. 

Segundo os técnicos do Deral, a redução do plantio da soja se deve principalmente aos altos preços do milho e do feijão no mercado paranaense, culturas que competem em área com a oleaginosa no cultivo de verão.

Os levantamentos do Deral mostram que a soja valorizou cerca de 8% de agosto de 2015, quando a saca de 60 kg foi comercializada a R$ 63,31, até agosto de 2016 quando a mesma saca foi vendida a R$ 68,17. No mesmo período o milho valorizou cerca de 68%. O preço passou de R$ 20,89 a saca de 60 kg para R$ 35,02 a saca. 

O mesmo comportamento ocorreu com as cotações do feijão preto e de cor que valorizaram 139% e 245% respectivamente. O feijão preto passou de R$ 87,80 a saca de 60 kg para R$ 210,21. Já o feijão de cor saltou de R$ 108,84 a saca de 60 kg para R$ 375,99 a saca. 

O Deral prevê que a produção de soja pode atingir 18,28 milhões de toneladas, caso as condições climáticas clima forem favoráveis e os produtores conseguirem fazer o plantio dentro do período recomendado pela pesquisa. 

Esse volume, se confirmado será 11% superior aos 16,51 milhões de toneladas de soja colhidos na safra 2015/16. Os técnicos do Deral lembram que na safra passada o fenômeno El Niño afetou o clima e o excesso de umidade causou a perda de cerca de 10% da produção estimada para a safra 2015/16.

 A previsão do Deral é de aumento de 71,1 mil hectares (17%) no plantio de milho de verão, para 484,9 mil hectares. A produção deve crescer 28% para 4,349 milhões de toneladas, também se recuperando das fortes perdas do ano passado. 

No caso do feijão, a estimativa do Deral é de aumento de 12 mil hectares (7%) no plantio da primeira safra, para 196,9 mil hectares. A produção deve crescer 26% para 368,2 mil toneladas. 

Fonte: Revista Globo Rural via Radio Educadora

Postar um comentário

0 Comentários