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Corpo de mulher de 29 anos é encontrado em fossa


Policiais Civis de Ivaiporã encontraram na manhã desta Segunda-Feira (12), o corpo de Carina Teixeira, de 29 anos, que estava desaparecida desde o dia 25 de agosto.

O delegado da 54ª Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã, Gustavo Dante, solicitou apoio ao comando da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar de Ivaiporã com objetivo de realizar uma força tarefa e localizar vestígios de Carina Teixeira, 29 anos, que desapareceu, no dia 25 de agosto, após deixar o filho (3 anos) numa creche próxima à Consvale em Ivaiporã, por volta das 07h30. 

O comandante da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar, major Laércio Sagati, acatou prontamente o pedido do delegado Gustavo Dante, e disponibilizou os 40 alunos da 2ª Escola de Formação de Soldados. 

A força tarefa iniciou por volta das 08h30, após o delegado Gustavo Dante e o subcomandante da 6ª Companhia Independente de Polícia Militar, capitão Élio Boing, se reunir com os alunos da 2ª Escola de Formação de Soldados e definir pontos estratégicos para localizar vestígios de Carina Teixeira.

A força tarefa contou com a ajuda do investigador Aparecido Pinto da Silva, agente Alvino Cândido (Preto), que presta serviço em Jardim Alegre, e apoio do escrivão João Prado.

A caminho do Cinco Encruzo – entre Ivaiporã e Jardim Alegre, Gustavo Dante sugeriu iniciar as buscas no sítio onde Carina Teixeira viveu com Miraldo Morais Pedreira, 33 anos, que foi preso, no dia 6 de setembro, pela Polícia Civil, que concluiu tratar-se do principal suspeito no desaparecimento da vítima. 

“Recorri à Polícia Militar, uma vez que dispõe de um efetivo maior, e o major Sagati se mostrou disposto a colaborar, disponibilizando os alunos da 2ª Escola de Formação de Soldados. Durante uma reunião, delimitamos uma área onde poderia haver vestígios de Carina Teixeira”, explicou Gustavo Dante. 

Quando o delegado Gustavo Dante e o investigador Aparecido Pinto da Silva começaram a analisar o terreno em volta da casa de Miraldo Pedreira se depararam com uma fossa seca que estava bem coberta com pedaços de pau. O detalhe que mais chamou a atenção foi a quantidade de cal jogado numa profundidade de 10 metros. 

“Olhem! Há muito cal! Normalmente é utilizado para acelerar decomposição e disfarçar cheiro forte. O corpo da Carina Teixeira pode estar lá em baixo”. Foi assim que o delegado Gustavo Dante reagiu e mandou acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros de Ivaiporã.

O palpite do delegado estava certo. Após horas de trabalho para tentar conferir o que existia no fundo da fossa seca, os bombeiros de Ivaiporã alertaram que havia muito entulho, lona, saco plástico e pedaço de pau cobertos de cal. À medida que os bombeiros retiravam os entulhos, surgiam vestígios de Carina Teixeira: blusa, bolsas e documentos. 

Após mais algumas horas de trabalho, foi descoberta uma tampa de concreto em cima do corpo, que foi jogado numa carriola. A partir deste momento, o delegado Gustavo Dante e o investigador Aparecido Pinto da Silva acionaram o IML (Instituto Médico Legal) para retirar o corpo que estava em avançado estado de decomposição. 

“Não era este desfecho que a Polícia Civil de Ivaiporã gostaria de dar ao caso da Carina Teixeira. Apesar da nossa experiência, e das provas que surgiram, tentávamos manter o mínimo de esperança de encontrá-la com vida”, declarou o delegado Gustavo Dante, após o IML retirar o corpo da fossa seca. 

Por outro lado, o delegado disse que acabou a angústia da família, que não mediu esforços na busca pela vítima. “A família sofreu muito, durante esses 18 dias, e várias vezes me emocionei. Portanto, obtivermos êxito e localizamos o corpo com mais evidências da participação de Miraldo Pedreira na morte de Carina Teixeira”, informou Gustavo Dante.  

No dia da prisão, 6 de setembro, o suspeito apresentou uma aparente frieza e indiferença ao caso, o que chamou a atenção – inclusive da imprensa. “Trata-se de um psicopata frio e calculista! Ele [Miraldo Pedreira] estava decidido a não indicar onde estava o corpo de Carina Teixeira”, disse o delegado, reconhecendo que devia uma resposta à família e à sociedade. 

Quanto à quantia que Miraldo Pedreira se dispôs a pagar – valor de R$5 mil, a quem encontrasse Carina Teixeira, o delegado Gustavo Dante afirmou que se tratava apenas de um álibi. O suspeito publicou o anúncio no próprio Facebook. “Miraldo Teixeira irá responder por homicídio duplamente qualificado e por ocultação de cadáver”, informou Gustavo Dante, agradecendo ao subtenente Ferreira, que auxilia a 2ª Escola de Formação de Soldados, pela colaboração. 

Os irmãos Edmilson e Edson Boscardim, que são primos de Carina Teixeira, acompanharam o trabalho de retirada do corpo de Carina Teixeira, assim como o irmão de Carina Teixeira, Maicon Teixeira, que se mostrou incrédulo com o que assistia. Muito emocionado, ele foi apoiado pelas autoridades policiais, familiares e amigos.

A maioria das pessoas pediu a Maicon Teixeira para deixar o ambiente, uma vez que seria muito chocante ver a irmã ser retirada da fossa seca. 

“No fundo tínhamos esperança de encontrar a Carina Teixeira com vida. Mas, aos poucos, o delegado Gustavo Dante foi preparando a família e avisando que ela poderia estar morta”, contou Edmilson Boscardim, comentando que é preciso pensar nas crianças (3 e 9 anos, filhos de Miraldo Pedreira e Carina Teixeira) e proporciona um funeral digno a Carina Teixeira, cujo corpo foi analisado no Cemitério Municipal de Ivaiporã, uma vez que o IML não dispõe de sala adequada.

Após análise para saber a causa da morte – facada, tiro, enforcada ou asfixiada, o IML irá liberar o corpo a família para fazer o sepultamento, nesta segunda-feira, dia 12 de setembro, com caixão lacrado.


Fonte: http://www.paranacentro.com.br/

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